Casamento na Villa Mandacaru em Itu l Fla e Muri
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Somos a geração que cresceu acreditando que a vida seria previsível, segura e estável. Fomos nutridos por filmes de sessão da tarde, com seus amores perfeitos e pares românticos ideais. No entanto, a realidade dos nossos relacionamentos e da vida que sonhávamos é bem diferente. Entendemos o quão difícil é encontrar o par ideal para os nossos pés e, talvez, aí resida uma grande magia da vida: descobrir oportunidades onde menos esperamos.
De repente, o que buscamos é ter uma casa, escolher entre um hostel ou ocasionalmente uma cama de hotel, é viver o carnaval, mas também valorizar o aconchego do lar. Nossos sentimentos oscilam entre a paixão ardente e o amor tranquilo, morno. Fla e Muri exemplificam isso: respeitam a individualidade um do outro e encontram no coletivo a força de seu amor, nas adversidades, não apenas nas afinidades. Seu relacionamento nos ensina que "estar juntos" é um compromisso que envolve e respeita, mesmo em um mundo que inclina-se cada vez mais ao narcisismo.
Como Zygmunt Bauman explica em "Amor Líquido", estamos tentando navegar "relacionamentos até que a inconveniência nos separe", onde muitas vezes prevalece a fragilidade dos laços humanos. No entanto, o amor de Fla e Muri mostra que a verdadeira felicidade é compartilhada, escolhendo viver a dois numa busca constante por equilíbrio e compreensão mútua:
"A verdadeira liberdade é uma atuação consciente de escolhas possíveis, onde o amor não é encontrado, mas construído." - Zygmunt Bauman
Walter Hugo Mãe, em sua perspectiva poética sobre a humanidade e os intricados laços que formamos, também reflete sobre a complexidade das relações modernas:
"Amamos ferozmente, como se isso nos fosse salvar de alguma coisa, talvez da própria vida que tanto insiste em ser maior que nossos planos." - Walter Hugo Mãe
Fla e Muri, portanto, não são apenas um casal que 'está junto'; eles são a personificação do amor que "puxa, que envolve, que diz: estamos juntos nesta", em um compromisso que vai além da individualidade e se lança no coletivo, demonstrando que, em um universo pautado pelo individualismo, a verdadeira felicidade é aquela que conseguimos compartilhar.